30.4.06

O que há nesta imagem que me atrai? A luz de fogo gelado? O curvilíneo das formas que parecem encaixar umas nas outras, mas que ao mesmo tempo parecem adoptar essa forma para se escaparem,... do toque, dos limites?

E ainda me atrai mais quando a vejo no contexto em que se encontra,... no contraste do azul no branco, no infinito sem gente,... no espaço terreno!

Vale a pena perder o olhar e encontrar uma serenidade que apetece neste site http://www.skulpturlandskap.no/Skulpturlandskap/artscape.swf

27.4.06

Ontem fui com as minhas parceiras ao Agrupamento de Ribamar (vejam o que por lá andamos a fazer em http://noniob.fc.ul.pt/plataforma/) para trabalhar com um conjunto de professores e educadoras de lá (cujo número vai crescendo) . Mais uma vez foi um bom dia de trabalho, percebendo a multiplicidade de coisas em que elas e eles andam a trabalhar,... o cansaço de alguns mas a continuada vontade e abertura para a aprendizagem e a partilha.
De novo na FCUL e na procura de uns dados de 2004, dei de caras com um daqueles papelinhos amarelos onde vamos escrevendo coisas e que felizmente têm cola por trás para nos surpreendem passado algum tempo (olá JFM). O que encontrei parecia ter imenso a ver com a tal ida a Ribamar (pelo conteúdo) e com o blogue de uma das professoras de lá (pela forma do seu conteúdo).
Então vejam lá se descobrem com quem é que tem a ver (é só espreitar nestes aqui ao lado)?
Aqui fica a tal frase:
"It's not knowledge, but the act of learning, not possession but the act of getting there, which grants the greatest enjoyment" (É de Gauss e apanhei-a em http://www-groups.dcs.st-and.ac.uk/~history/Quotations/Gauss.html )

25.4.06

Resolvi fazer uma colecção de cravos... cada um deles com um aspecto de como me relaciono, hoje, com essa simbologia. Coisas do dia, da idade, do tempo como diria o meu amigo jfm...

Aqui fica o 1º, o vermelho como se preza, embora já esteja deitado!!!

O 2º já está um pouquinho desmaiado e parece servido à mesa... de quem? para quê?...

E este 3º? já está mesmo sem cor, preciso de o ver bem de perto para ainda lhe encontrar umas pinceladas, a lembrar outras cores....

Ah, mas este ainda me dá alguma esperança, embora com pouca cor mas completamente de pé, afirmativo,... No entanto, há algo que me deixa de sobreaviso (em sobressalto?)... parece estar numa jarra!...

Curioso, depois de os ver todos juntos senti falta de algo, uma imagem de cravos e não imagens de um cravo... sózinhos são bonitos mas sabem a pouco...

20.4.06

Será que já olharam aqui para o lado?
Pois é, eu coloquei uma colecção de links para os blogues de Ribamar, mas hoje apetece-me fazer uma chamada de atenção especial para eles.
Eu não sou de Ribamar, mas trabalho de perto com um conjunto de professores deste Agrupamento de escolas e os blogues de Ribamar são afinal os blogues que têm vindo a surgir nesse Agrupamento de escolas e que dão visibilidade à riqueza do que acontece por lá.

E foi por ter começado a desafiá-los para a exploração pedagógica desta ferramenta que me fui entusiasmando também por alimentar um blogue próprio (este)... O acompanhamento das experiências que iam surgindo, a partilha do entusiasmo dos alunos e dos professores (e também de pais e funcionários), foi fazendo crescer a apetência por me envolver também nesta via de escrita e reflexão. Não é que não tivesse já experimentado ter um blogue mas a pulsão que então me levara a iniciá-lo não era bem a de falar comigo própria,... Ora, nesta vivência com Ribamar, o que surgiu de novo foi que achei muito estimulante o papel de comentadora... Mais concretamente, estar atenta aos crescimentos vários, assumir-me como co-responsável por ajudar a sustentar o interesse daqueles alunos (e professores), por ajudar a perceber que têm uma audiência, que do outro lado há pessoas que se motivam com o que eles dizem, enfim, que, de facto, se está em diálogo e não em monólogo....

É por isso que eu não gosto de catalogar o que faço com o termo 'formação' e prefiro falar de aprendizagem. Falar em formadores e formandos é reduzir a questão a estatutos e o que acontece é muito mais que isso. Prefiro falar de pessoas que desejam fazer coisas umas com as outras, assumindo papeis diferentes em diferentes momentos, mas todas elas querendo entreajudar-se, provocando-se mutuamente, desafiando-se, criticando-se, dando espaço para experimentar e para partilhar o que vão descobrindo, enfim sustentando-se nos crescimentos que vão fazendo e, por isso, todas elas aprendendo...

E é isso que temos vindo a fazer em Ribamar, os de lá, eu e os meus outros parceiros de trabalho (de que também há aqui ao lado uns blogues a espreitar...
E podem crer que não ficam desapontados se os forem lá ver, surprendam-se... e já agora comentem...
Ou será que estou a falar sozinha???

17.4.06

Hoje voltei a ter a sensação estranha mas boa de 'saltar' para outro tempo, outro espaço sem sair do lugar onde estou e tudo por acção de sensações quase imperceptíveis...
Um dia foi com o cheiro de um dado perfume. Saltei para o tempo de miúda (há uns bons 40 anos) em que visitava a minha avó materna na serra de Montemuro, numa aldeia chamada Laboncinho que vem em muito poucos mapas e onde vi neve pela primeira vez na minha vida... Sim o perfume fez-me sentir o cheiro da massa do pão que a minha avó amassava (e cozia) em casa, num bancada junto à janela com vista para o sopé da serra e, por vezes, para umas nuvens fofas como algodão...
E hoje???
Hoje foi ao jantar uma coisa ligeira num daqueles sítios rápidos que dizem preparar comida saudável. A sobremesa era iogurte com pedaços de manga e mel... a primeira colherada nada de mais, agradável mas um pouco amargo. O mel estava lá mais abaixo, escondido e resolvi ir à procura dele. Essa nova colherada fez a diferença,... no sabor e no espaço de sensações. Num segundo eu já não estava ali, numa mesa de linhas direitas de um qualquer centro comercial... mas antes nas escadas em frente à Cantina da Faculdade de Ciências (a velha a que ardeu, junto ao Jardim Botânico), com o tabuleiro do almoço em cima de um caixote de fruta que fazia de mesa (o espaço da Associação de alunos ao lado da cantina estava fechado por isso eram mais as pessoas que comiam na rua que aquelas que tinham lugar no interior da cantina). E o almoço era o 'crudívoro' (nunca me esqueci do nome) que consistia em iogurte, mel, frutos secos, tostas, fruta, enfim só coisas boas, que eram uma boa alternativa às outras coisas bem mais maléficas...

Estranho não é??? Mas é bom, eu gosto destes saltos entre realidades paralelas em que vivemos...
Há quem lhes chame memórias mas eu não acredito, gosto mais de pensar em várias vidas, várias identidades e várias tonalidades que nos ajudam a passar de umas para as outras e que espero me permitam continuar a viver momentos que parecem ter ficado noutros tempos... a que eu posso voltar num segundo...
E não é que me voltou a acontecer! E logo na Páscoa... Posted by Picasa












Mas o que vale é que ainda vai havendo um solinho para me compensar...


E agora a voz da fotógrafa...
Como ficamos infelizes quando nos restringem o espaço de liberdade, nem que seja de coçar a orelha, de lavar a cara/focinho, de entrar numa porta entreaberta! E esta limitação de liberdade, não afecta só quem é objecto dela; também eu, o carcereiro (a dona), fiquei com a minha liberdade de movimentos limitada pois tive de passar a Páscoa a tratar do gato em vez de ir apanhar ar do mar à Figueira da Foz...

Quem tem e exerce o poder de limitar os outros nem sempre se apercebe de que isso também limita a sua própria liberdade. Ou será que sabe???

7.4.06


Como eu gostava que fosse desta que eu conseguisse ter uns dias para me dedicar a escrever o que devo, a rever o que já escrevi para o publicar, a construir e rechear o meu site...
Mas as coisas parece que nascem do chão, deste que não dá uvas!...
Mesmo que eu queira seguir o conselho das minhas colegas "pára de ter ideias, intervala..." mas... e o que se faz para não se ter ideias quando se é idiota?

PS
E quem é este que está a cantar??? Pois é, este é o vocalista de um conjunto fabuloso e pouco conhecido em Portugal - Tiger Lillies - que cantaram pela primeira vez aqui em Portugal, imaginem onde, em Serpa e eu lá fui passar uma noite a Serpa (daqui de Lisboa) só para os ver e não dei por mal empregue a viagem, além de o Alentejo ser sempre lindo, música e a provocação é sempre garantida e estimulante...